Preço de preservativos pode condicionar sexo seguro
Conclusão de um estudo da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA
O preço dos preservativos em Portugal "é elevado" e pode condicionar a prática do sexo seguro. É a conclusão de um estudo da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA citado hoje pelo jornal Público.
Contactada pelo Público, a responsável pelo estudo "Poder de compra: uma condicionante para a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis", Beatriz Cascais, criticou o papel das farmácias neste processo. "O custo dos preservativos em Portugal é elevado, as farmácias nacionais restringem a oferta às marcas de maior valor comercial e praticam preços mais altos em relação às grandes superfícies", afirma o estudo citado pelo Público. "As farmácias têm não só a responsabilidade social de promover a saúde - papel que acabam por não cumprir - como também deveriam estar equipadas com todo o tipo de oferta e não estão", afirmou a responsável. O documento diz que "o poder de compra pode de alguma forma ser uma condicionante para a prática de sexo seguro". Em declarações ao Público, a Associação Nacional de Farmácia (ANF) explicou que as farmácias têm menor margem negocial do que os hipermercados, que "pela sua dimensão e por estarem organizados em centrais de compra" conseguem obter dos fabricantes preços mais reduzidos. O documento da Coordenação VIH/SIDA lança também críticas aos fabricantes ao defender que "as próprias empresas de preservativos poderiam e deveriam ter um importante papel na diminuição da incidência da infecção VIH/SIDA se facilitassem o acesso a estes produtos com a redução dos preços para níveis razoáveis e acessíveis a toda a população".
Segundo o Público, o preço médio de um preservativo em Portugal é de 0,78 euros nas farmácias, 0,81 euros nas parafarmácias, 0,67 euros nas lojas de conveniência e de 0,55 euros nos supermercados. O Público diz ainda que foram vendidos em Portugal, em 2005, 23 milhões de preservativos, incluindo as unidades oferecidas pelas autoridades de saúde.
Com Lusa
Em SIC online
2 comentários:
Que país deprimente o nosso! É uma atrocidade porem os preços tão altos a uma coisa que é tão necessária e indispensável ao combate ao HIV!!! O jeito é mesmo ir buscá-los de graça ao centro de saúde, aproveitar as campanhas de combate à sida... Isto sim é de uma pessoas ficar mesmo muito revoltada!
...Fora dos planos da coordenação e do Governo está a alteração do IVA cobrado nos preservativos, apesar das várias reivindicações nesse sentido.
:/
Enviar um comentário