segunda-feira, junho 04, 2007

Geração rasca

Se tiverem paciência, leiam tudo, porque vale a pena. Eu fiquei de boca aberta..

SWEET LITTLE SIXTEEN

Eles entram no comboio da meia-noite. Em Cascais, no Estoril, em Oeiras. Trazem uma garrafa de J&B (15 €), outra de Coca-Cola de litro e meio (1,95 €). Misturam o whisky na garrafa de refrigerante. Bruno tem uns ténis Nike (150 €), Duarte calça uns Reebok (80 €), Tiago tem uma camisola Billabong (80 €). Cada um recebeu uma nota de 20 para sair nesta noite de sexta-feira. O gargalo de plástico circula pelas bocas – não se trata de um método de poupança ou de falta de dinheiro para beber, mas de um ritual de afirmação, de um rápido expediente para abandonar a sobriedade.

Eles têm calças descaídas que quase lhes mostram o rabo. Têm fitas ao pescoço que seguram as chaves de casa. Substituíram as clássicas camisas de riscas por camisolas com gorros, os sapatos de vela por ténis. Dizem: “Isso já não se usa.”

Eles crescem na linha de Cascais. Confessam que não sabem de nenhuma recessão económica, que continuam a receber o mesmo dinheiro. Têm 16 anos. Nasceram em 1988, a primeira geração filha da União Europeia, dos dinheiros comunitários, da prosperidade cavaquista. Nasceram no ano em que o programa Humor de Perdição, de Herman José, foi censurado na RTP, no ano em que Gorbatchev visitou as Nações Unidas quase três década depois de Kruchtchev, quando faltavam meses para que David Hasselhof, o actor da série Marés Vivas, desse um concerto para milhares de alemães celebrando a queda do Muro de Berlim.

Eles não se lembram do país sem auto-estradas, dos carros revistados na fronteira com Espanha, do mundo sem internet, sem telemóveis.

O comboio pára. Grupos de adolescentes saem, movem-se no túnel da estação de Alcântara. Escolhem diferentes saídas. Eles separam-se das amigas. Duarte diz: “Caga nisso, elas querem ir para o W.” Tiago explica o roteiro da noite, enumera as discotecas, todas em redor da estação de comboios: ABS, W, Garage – a mais popular entre os adolescentes –, e o Queens, onde a marca de roupa Billabong organiza uma festa. Pagam 12 euros na entrada. Entregam as senhas no bar. Whisky com Coca-Cola. Tiago, o mais precoce, é o único que não fuma. Com dez anos frequentava as matinés do Bauhaus, no Estoril. Com 11 iniciou-se nos cigarros. Com 16 acabou com o vício.

No domingo, sentam-se numa esplanada de praia. Há cinco rapazes com camisolas Billabong. Há ainda óculos de sol Von Zipper (80 €). Uma moto de 125 centímetros cúbicos (3 mil €), para a qual seria preciso carta de condução que o dono não tem. Estudam em liceu oficiais. Frequentaram colégios privados mas, na adolescência, pediram aos pais para os mudarem para o ensino público. Mais liberdade, menos carga horária, e a suspeita de menos controlo dos professores.

O aparelho nos dentes de Madalena dificulta-lhe a articulação das respostas tal como a impaciência quando conta que chumbou por faltas a todas as disciplinas: “Não, não sei o que vou fazer.” Depois do castigo, voltou a sair uma vez por semana, com horário de chegada decretado para as sete da manhã. Recebe, nessas noites, e como quase todos os outros, 20 euros.

Há coisas que lhes parecem seguras porque são comuns entre todos. Semanada de 15 a 30 euros. Telemóvel. Quarto equipado com televisão, TV Cabo e computador com internet de banda larga. Dinheiro extra para roupa, para carregar os telefones. Duarte fala da inexistente gestão dos saldos: “Pomos 20 euros no cartão. No dia seguinte não temos nada.” Os amigos gozam com Miguel: “Este gajo gastou 70 euros só a mandar sms, a um cêntimo cada.” Sete mil mensagens escritas num mês, 233 por dia. Miguel tem a cabeça apontada para os ténis. Os amigos substituem-no na tarefa de responder: “Eram para a namorada.”

No ano em que os pais os inscreveram na escola primária, em 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, anunciava-se o fim do cavaquismo com a revolta na Ponte 25 de Abril. Publicaram-se fotos de universitários em manifestações antipropinas – um mostrava as nádegas, outro segurava o pénis. O Benfica ganhou o campeonato nacional. Estreou Pulp Fiction, de Quentin Tarantino.

Madalena chumbou por faltas mas aparece todos os dias na escola, a seguir ao almoço. Conversa com as amigas no outro lado da rua, fuma Camel e, perto das seis da tarde, regressa a casa, liga a televisão, senta-se ao computador para continuar a conversa com as mesmas amigas. Desta vez na internet. Utiliza o msn messenger. Interrompem-na para jantar em família. Regressa mais tarde, para falar nas janelas que saltam no ecrã. Deita-se antes da meia-noite.

Entre os adolescentes, o messenger tornou-se num engenho de contacto social que, como o álcool, dilui a vergonha e facilita a aproximação. Nos Salesianos, no Estoril – mensalidade, no 11º ano, de 303 € –, Rita Costa e Rita Pestana, psicólogas da escola, intercalam-se nas explicações sobre o uso compulsivo do messenger: “Têm mais à-vontade, podem dizer mais coisas. Não há o constrangimento físico de estarem frente-a-frente.” No messenger, não se mostram expressões faciais, desconforto físico. Para um rapaz que, em público e diante dos amigos, nunca iniciaria uma conversa com uma rapariga, basta, na segurança do seu quarto, abrir uma janela e teclar uma frase. O messenger dá-lhes liberdade, porque não é tão controlado pelos pais como era a utilização do telefone. Pode-se falar, pode-se mesmo ver os amigos durante as noites de semana. Trocam fotografias digitalizadas, utilizam microfones, câmaras.

No tempo sem escola, as horas de messenger ultrapassaram a televisão. Madalena diz: “Vejo a telenovela.” Duarte diz: “Sport TV”. Eles ligam o aparelho no quarto mas não lhe prestam atenção. Quase ninguém, neste grupo, vê noticiários, lê livros, jornais, revistas, nem mesmo as cor-de-rosa. Duarte responde, como se quisesse mostrar-se interessado: “Estou a ler Os Maias.” Depois ironiza, para não arriscar estranheza entre os amigos: “Há dois anos.”

Só dois deles têm actividades extracurriculares – fazem desporto federado. Francisco, que passou algumas semanas de verão em Inglaterra, a aprender o idioma, quer ser gestor. Os outros não sabem o que estudar. Não se interessam por viagens. Miguel diz: “Estive em Espanha com os meus pais e em mais uns países, mas não me lembro do nome.”

Internet, telemóveis que enviam fotografias, que produzem música. Num mundo global, eles não se interessam pelo resto do planeta. João Dionísio, psicólogo e director da Multivária, empresa de estudos de mercado, explica o desinteresse: “Estão na fase mais autocentrada da vida, em que se procura uma identidade pessoal, social e sexual. O uso que fazem do dinheiro – nas saídas, na roupa de marca – são tentativas de definição da personalidade. O facto de viverem numa microrrealidade privilegiada, como a linha de Cascais, isola-os mais do mundo. Depois, quando entram na faculdade, descentram-se.” Eles sempre receberam conforto. Confundem-no com preguiça. Uma normalidade que julgam intocável. Nos Salesianos do Estoril, as psicólogas dizem: “O conceito de esforço é diminuto. Estão habituados ao facilitismo, ao excesso de valorização das marcas, ao consumismo.”

Na discoteca Queens, o álcool desbloqueia a agilidade para a dança, o atrevimento das mãos. Duarte passa por uma miúda de saia, de botas, de t-shirt curta que mostra a barriga. Toca-lhe na cintura, ela aperta-lhe o nariz. O jogo infantil repete-se sempre que se cruzam, a brincadeira dos toques. Duarte regressa, informa os amigos: “Ela tem namorado e tem medo de ficar com fama de ****.” Ela tem 13 anos. Meia hora mais tarde tocam as línguas num sofá da discoteca.



Ricardo recorda uma noite no Garage. Como ele, uma rapariga que acabara de conhecer tinha de regressar no primeiro comboio. São sete estações para Ricardo chegar a casa, 19 minutos de viagem: “Não usei preservativo, foi uma rapidinha entre as duas carruagens.” Os amigos confirmam o relato. Nas discotecas, dizem, há mãos de rapazes dentro das calças das raparigas e, por vezes, a troca do favor. Duarte aponta para Catarina: “Ela curte com um diferente todos os fins-de-semana”. Ele, se pudesse, curtia com uma todos os dias.



Segundo um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, 16 por cento das adolescentes não usa qualquer contraceptivo, 32,9 por cento utilizou a pílula do dia seguinte.

Tiago analisa a pista de dança, diz: “Elas agora são mais atrevidas. Deixam de ser virgens com um gajo que nunca mais vão ver. Aqui são as maiores, mas na cama acanham-se.” Elas, como Catarina, como Madalena, comentam no domingo seguinte: “Eles querem comer e deitar fora.”

Há mais liberdade sexual,mais precocidade.

Outra vez a internet. Duarte mostra as fotos que as amigas lhe enviam pelo messenger quando conversam. Raparigas em biquíni, em posições sensuais. Ele tem imagens suas para retribuir. Na praia ou com óculos escuros. Há ainda fotografias de algumas adolescentes que, pela falta de discrição de alguns rapazes, começaram a circular. Há a história – e as imagens como prova – de uma miúda de 15 anos que se mostrou sem roupa ao namorado, dobrando-se sobre a câmara, apertando o peito. “Ela encornou-o, explica Duarte, e o gajo, para se vingar, mandou as fotos aos amigos, que mandaram para mais gente. Sempre que ela passava no liceu chamavam-lhe porca.”

Eram dez da manhã quando, num intervalo das aulas, numa rua perto da escola, Miguel e um amigo foram revistados pela Polícia: “Tinha um conto de ganza no bolso.” Miguel apareceu uma vez, como lhe mandou o juiz, na Comissão de Dissuasão para a Toxicodependência. Ficaram de o chamar mas, nos últimos dois meses, ninguém lhe telefonou. Os pais cortaram-lhe as saídas. “Fumei muito na altura do Natal, até na Noite de Consoada. Mas deixei.”

Um estudo do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência, de 2001, diz que os jovens provam drogas cada vez mais cedo e que 14 em cada 100 alunos, com menos de 15 anos, já o fizeram pelo menos uma vez.

Na linha de Cascais, o álcool sempre foi mais valorizado que as drogas. Os mais ricos bebem, os mais pobres drogam-se – um legado da hegemonia da heroína, a droga mais suja, mais destruidora, agora de consumo reduzido entre os adolescentes urbanos. Mas o álcool é um teste à masculinidade. Um hábito de classe. Tiago diz: “O copos são melhores para um gajo se divertir.” Um shot num bar custa 1,5 euros, numa discoteca três euros. Entre a uma e as duas da manhã, dois adolescentes são carregados pelos amigos e vomitam na casa de banho do Queens.

Certa noite, Leonor acordou no hospital, com a ajuda de uma injecção de glicose, depois de entrar em coma alcoólico. Os pais foram buscá-la. Todos dizem que os pais sabem que os filhos bebem. Francisco conta: “A minha mãe já me ajudou a vomitar quando cheguei a casa.”

João Dionísio explica o consumo de álcool, de drogas: “Trata-se da partilha de significado com o grupo, da necessidade de procurar sensações, de experimentar. Eles não o fazem porque o mundo é mau, mas porque a música parece melhor, porque ficam mais felizes.”

Eles tinham dez anos em 1998, quando Suharto abandonou a presidência da Indonésia, quando Saramago ganhou o Nobel, quando inventaram o Viagra.

Os adultos costumam ter, em retrospectiva, uma ideia mais pura daquilo que foi o seu passado. Segundo João Dionísio: “Não existe, entre os adolescentes e a geração anterior, uma mudança da temática das emoções. Os impulsos são os mesmos.” Ou seja, o reconhecimento conseguido com as bebedeiras, o estilo e a maturidade dos cigarros, o risco das drogas, a ansiedade sexual. Mudou, no entanto, o tempo de iniciação. Em vez do embaraço ao entrar num clube de vídeo, há a pornografia na internet, e a possibilidade de conhecer estranhos em chats. Há telemóveis aos dez anos, saídas nocturnas aos doze: “Os miúdos do primeiro ciclo fazem imensa pressão junto dos pais”, explicam as psicólogas dos Salesianos. “E, como os outros saem, eles também querem sair. Só daqui a alguns anos poderemos avaliar as consequências desta precocidade.”

No final da tarde de domingo, sem ter de se preocupar com a tristeza que antecipa o despertador na manhã seguinte, nem com as aulas, nem com os trabalhos de casa que não fez, Madalena, a pensar no próximo fim-de-semana, diz: “Dantes é que nos arranjávamos todas para sair, agora nem usamos maquilhagem.”

(Os nomes dos adolescentes neste artigo foram modificados)

Lido no fórum AHO

Eu tenho 18 anos, mas não me revejo em nada disto..mas sei que é a realidade da maioria dos jovens de hoje...e pergunto-me, onde é que esta juventude vai parar?..

20 comentários:

eu mesma! disse...

sou de outra geração, não consigo entender tudo isso...

Bxana disse...

Digo o mesmo... isto é estranho demais, não consigo entender, por mais que tente, como é que os pais permitem isto.

Miaus!

White_Fox disse...

Grande post! :|
Deixei-te um desafio no meu blog. Já cá te venho comentar.

Blossom disse...

Sendo uns anos mais velha, ainda não me consigui habituar aos novos costumes desta juventude, nem aos tiques, maneiras de falar, vestir...estar na vida.

Mas, no essencial, acho que a responsabilidade é dos pais, que tentam colmatar a falta de afecto e carinho com dinheiro, roupas de marca e condescendencia em relação à forma como eles encaram a vida.

Boa segunda-feira, chabalita ;)

Peste disse...

é triste... mas caminhamos cavalarmente para... nem eles sabem para onde...

ainda diziam q a minha geração é q era rasca...

bendita...

alfabeta disse...

Tens razão, mas a culpa é dos pais, digo eu , os meus ainda só têm 6 anos mas quando querem coisas que eu não acho que fiquem bem, quem manda sou eu e mais nada, continua assim que vais bem, beijinhos

Francis disse...

pois eu tambem sou de outra geração,e atribuo a culpa aos pais, que pagam para não se chatear.

cusca disse...

Acho que é uma questão de formação e educação.
Para além da culpa atribuida aos pais, esses miudos são mal formados e isso tem tb o meio ou ambiente que frequentam.

Bj

Diabba disse...

Ena, tanta criança Indigo!! hihihihihi

Não há paciencia! (mas esta falta de paciencia deve-se à minha provecta idade)

beijos d'enxofre

Anónimo disse...

Descrição típica de betos estúpidos. Só que lá está, agora disfarçam-se de freaks.
Não posso falar que pode dar mau agoiro: daqui a pouco tempo o meu filho mais velho também vai ser adolescente.... Aí sim, acho que vou flipar. Se bem que considero que estou a fazer um "bom trabalho" com ele. :)

Vegana da Serra disse...

A culpa é dos pais... a minha mãe, às vezes, nem me dava dinheiro para o lanche, porque eu levava sempre de casa uma sandes!

Assim é que era!

Teresa disse...

É a primeira vez que aqui venho, e venho pela mão da Diabba, que me falou justamente deste texto. Que vou enviar (espero que não te importes) aos meus amigos com filhos adolescentes.

Tenho mais do que idade para
ser tua mãe. Não me choco facilmente - posso entristecer-me, mas isso é outra conversa.

Ser novo nunca foi fácil, as dificuldades de agora são apenas outras. Não vou condenar à partida esta geração tão complicada, só por ser diferente da minha. Até porque a culpa maior é dos pais.

Cresci num tempo em que já havia drogas, mas num liceu miraculosamente preservado delas - se por lá andavam, nunca dei por tal. Quando se saía à noite (muito mais tarde, claro), os sítios fechavam às quatro da manhã. Para os que saíam, que eu só comecei a fazê-lo aos vinte anos...

Claro que é triste. Mas não é um cenário desesperado. A minha irmã andou quase um ano - aos 13! - para ler o "Diário de Anne Frank", que eu tinha despachado em dia e meio aos nove. Nõ gostava de ler. Hoje, justamente quando tem menos disponibilidade, dividida entre carreira, uma filha adolescente e outra com quase nove anos, ninguém a apanha sem um livro. Começou a ler tarde, é certo. Mas ainda apanhou o comboio. às vezes é ela quem me indica um ou outro livro, e isso é para mim uma alegria.

A realidade é preocupante, sim. Mas não vamos desesperar. Seja como for, passo o texto adiante.

turbolenta disse...

Vim do blog do Rafeiro perfumado
Ainda bem que não te vês a fazer parte desta geração que descreves. Na tua jovem idade, poucas pessoas podem , infelizmente, dizer o mesmo.
Acho que não é na exagerada permissão dos pais, no fazerem todas as vontades aos filhos, que se educa a juventude, segundo os parametros que gostaríamos que eles vivessem no futuro. Têm tudo! Não dão valor a nada. Cada vez exigem mais. Não querem estudar nem trabalhar. Não sabem o que o dinheiro custa a ganhar e os sacrifícios que os pais fazem para lhes dar educação, alimentação, vestuário, etc. Não sabem gerir as despesas. Não estabelecem prioridades. Não têm gosto por nada. Alguém disse que é uma geração rasca.
Acho que a culpa é dos pais, muitos deles, cresceram com muitas dificuldades, num país onde nada havia. Por terem passado tanta privação, acham que a melhor solução é darem tudo aos filhos.
Quanto mais lhes dão mais eles querem e exigem!
Parabéns pelo teu pensamento. Não há muitos jovens da tua idade com um pensamento tão sensato.
A mim mete-me uma tremenda confusão, como é que, no Inverno, em dias de frio intenso, na 24 de Julho há crianças de 12/15 anos, a passearem, estilo bandos de pardais: elas com decotes quase até ao umbigo, de manga de cava, a tremerem de frio, cigarro numa mão e cerveja gelada na outra!
Ou eu sou muito retrógrada ou muito estúpida.
Não acho que seja assim que se educa e prepara para a vida a nossa juventude.
Boa semana
Bom exame de código

turbolenta disse...

Estes OMNIS estão no Loures Shopping. Mas parece-me que já em mais centros comerciais, segundo me disse o meu filho.Mas se a moda corre veloz não deve faltar muito para aparecerem aí pelo Montijo.
bom resto de semana

Anónimo disse...

Li tudo com atenção mas não fiquei de boca aberta, tudo porque sei como são as pessoas da minha idade (e até mais novas) que já fumam e saem todos os dias á noite. Só para verem eu tenho 14 anos e sou dos poucos que pertence ao pequeno grupo de não fumadores. Eu e uma amiga minha falamos todos os dias sobre as fumadoras da nossa turma e já somos pelo menos dois não fumadores nesta juventude que está condenada.

Anónimo disse...

voces sao bue atadinhos.. meu deus!
eu adoro divertir me, quem nao gosta de ver rapazes com tenis DC, calças claras e brancas completamente descaidas com uns boxeres azuis escuros e uma tshirt element? grandas patroes

Anónimo disse...

PARADISE GARAGE, COMO SE BEM SIIM

Anónimo disse...

MORTE AOS XUNGAHS

Anónimo disse...

Não percebo qual é o mal de sair á noite com 13/14 anos...
E fumar desde que não seja um vicio eu no máximo fumo 1 cigarro por mês não e isso que me faz mal...
Também não e por sair aos fins de semana que me fazem mal...
Sim também vivo em cascais, sim uso camisolas de marca (billabong,rip curl,quicksilver etc.)e então? Se os meus pais têm dinheiro para isso porque não gastar? Tambem dizem que acham mal os pais darem 20€ aos filhos para beber... Eles querem é pensar que os filhos passam a noite a divertirem-se... Falam da crise, em Portugal ainda não se sente crise nenhuma... Falo pelo o que sei. Os meus pais não trabalham porque não precisam e então vou fazer alguma coisa? O que eles querem é estar em casinha ou a dar voltas, fazem eles muito bem.
Agora voces dizem que eu sou um menino mimado e que tenho pais rico mas e se tiver tenho e de aproveitar a vida enquanto estou vivo.


Pessoas com 30 anos, as gerações mudam e esta está muito mais evoluídas do que a antiga

Anónimo disse...

O problema nao e o fato de gastarem o dinheiro e de se divertirem, é a falta de perspetivas e de ambição, é a falta de respeito pelos outros e o egoísmo puro destes meninos. Não pensam no futuro nem se preparam para o que possa vir. Os papás hoje são ricos mas podem deixar de o ser de um dia para o outro e depois como é? Não sabem fazer nada... E depois têm comentário idiotas que não há crise. Pois nao, para os ricos nunca há crise, só para os pobres. O pior é que não é uma crise somente económica, é uma crise de valores e essa sim talvez bem mais grave do que a outra. Se não houvesse uns a quererem tanto e a lixarem todos à passagem para conseguirem o que querem talvez o mundo fosse bem melhor. Mas em vez de se valorizar a familia, o trabalho, o cuidar do proximo, valoriza-se somente o dinheiro, o bem estar individual e a maldade.