Lutaste ao longo dos anos contra muitas doenças, e sobreviveste sempre. Talvez por isso tivesse ganho a ideia que eras imortal... Não eras... e foste hoje...
Não eras o avô extremoso dos filmes, nunca me deste uma prenda em toda a minha vida... Mas eras o avô que me levava ao café e me punha a comer caracóis e a beber coca-cola... e que me deixava brincar com tudo, incluindo os armários das panelas, que se transformavam em baterias e tambores...
Tenho muita pena que nos últimos tempos já nem soubesses bem o meu nome... nem quem eu era...
Sou a tua netinha e estou muito triste por teres partido.